Quanto às indagações sobre o quadro da saúde do homem idoso brasileiro,
tive o privilégio de assistir a aula síntese avaliativa da disciplina Envelhecimento
Demográfico e Epidemiológico. O trabalho seguiu etapas de elaboração
prescritas pela Dra Eleonora d´Orsi: divisão da turma em grupos e escolha
dentre os seguintes temas: taxas de internações por doenças cardiovasculares;
taxas de mortalidade por suicídios; taxas de mortalidade por acidentes de
trânsito; taxas de incidência de AIDS; taxas de incidência de tuberculose em
idosos; taxas de mortalidade por demência; taxas de mortalidade por câncer de
mama; taxas de mortalidade por câncer de próstata; taxas de internações por
diabetes.
Após ouvir os trabalhos apresentados pelos colegas e as conduções de
diálogos feitas pela professora Eleonora D´Orsi, pude fazer alguns registros
sintéticos. Anotei que os homens idosos lutarão contra doenças
cardiovasculares, diabetes, câncer de próstata. Eles estarão nos registros de
maiores taxas de mortalidade por causas externas, principalmente, em regiões
como o sudeste brasileiro, levando-se em conta a comparação com as taxas
referentes às mulheres da mesma faixa etária.
As taxas femininas altas são as de câncer de mama. Há casos masculinos
desse tipo de câncer em homens, cujas estatísticas felizmente não elegeram o
tema como relevante. Já a questão do câncer de próstata é sem dúvida muito
relevante para a saúde do idoso do gênero masculino.
Comparando-se por gênero, as mulheres só superam os homens nas taxas de
mortalidade por demência.
De todas as análises feitas fica como decisivo para a saúde da pessoa
idosa a necessidade de ampliar os investimentos alocados nas práticas
preventivas. O ano de 2007, no Brasil, foi apontado como data
de alteração importante no quadro das demandas em saúde, ano
coincidente com campanha voltada para a saúde do homem.
Concluo que as práticas preventivas devem transcender os espaços
específicos para atendimento em saúde e ocupar espaços 'cidadãos' que
fortaleçam parcerias em benefício da melhoria da qualidade de vida. O olhar
cidadão sobre o replanejamento urbano, o transporte coletivo; o
acesso, a expansão e agilização da prestação dos serviços em
saúde deve ter o viés do olhar do beneficiário idoso, uma vez que, em 2050
a maior parte da população brasileira será idosa.
Acrescento o lembrete de que a Lei 10741/2003 é a normatização
específica sobre as garantias de “opinião e expressão” das pessoas com sessenta
anos ou mais; do “respeito” “por um envelhecimento saudável” com “todas as
oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade”. O cumprimento de seu artigo 116 “Serão incluídos nos
censos demográficos dados relativos à população idosa do
País” – tem sido algo
relevante para a elaboração das pesquisas científicas da área da
Saúde sobre idosos brasileiros.
REFERÊNCIAS
GODTSFRIEDT, Maria Cecília Antonia. Aulas proferidas de 22 fevereiro a
25 abril de 2014. CCS. UFSC.
ORSI, Eleonora. Aulas proferidas de 22 fevereiro a 26 abril de 2014.
CCS. UFSC.
SIENDLER, Mônica Joesting. Aulas proferidas de 22 fevereiro a 25 abril de
2014. CCS. UFSC.
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