segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Programas de Convivência de Idosos e Funcionalidade. Edna Domenica Merola.

Atividade Social e Bem-estar da Pessoa Idosa 
A Organização Mundial de Saúde assim define: "a saúde é o bem-estar físico, psíquico e social". 
Você acredita que grupos de convivência são importantes para o bem-estar da pessoa idosa? Considera que o estudo desse tema é importante para a Gerontologia? 
As definições de grupo e de convivência dadas pelo dicionário por si já servem para problematizar o tema. São elas: "Grupo (Sociologia) — sistema de relações sociais.  Grupo de pressão — o mesmo que lóbi. Grupo étnico — pessoas que se identificam. Convivência é: o ato ou  efeito  de  conviver. É a frequência de trato íntimo e mútuo. (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,  http://www.priberam. pt/ dlpo/conviv%C3%AAncia.
Num grupo de convivência importam as forças de pressão que as relações interpessoais exercem sobre o indivíduo?  Importam mais as configurações das relações sociais: suas propriedades e suas qualidades? Importam as identificações que as pessoas trazem de outros agrupamentos mais do que aquelas que serão estruturadas a partir do novo agrupamento? Além de grupo etário o que caracteriza um grupo de idosos cuja tarefa é conviver, ou seja, cuja tarefa é o próprio agrupar-se?
‒ Por que e para quê repensar os grupos de convivência? Como elaborar atividades que se coadunem com os referenciais teóricos cientificamente reconhecidos no campo da saúde? Qual o número ideal de participantes desse tipo de grupo?
Bem-estar e funcionalidade são equivalentes, implicando em: autonomia e independência. Autonomia significa capacidade de decisão e comando sobre as ações individuais, estabelecendo e seguindo as próprias regras. Independência é a capacidade de realizar algo com os próprios meios. Funcionalidade é o produto da preservação da cognição, do humor, da mobilidade e da comunicação. 
Preservar a cognição implica em estimular as inteligências múltiplas: raciocínio lógico, espacial, numérico, verbal, artístico, etc. 
A preservação do humor tem a ver com autoestima e o cuidado. Rir é bom desde que não seja da desgraça do outro ou de si próprio. Nesses casos, o correto é manter-se sério. Aproximar-se de idosos não implica em questioná-los sobre suas doenças. Ajudá-los em seu equilíbrio emocional não quer dizer fazê-los erguer a mão para dizer sim à pergunta: "quem sofre de depressão?" 
A preservação do humor tem a ver com manter o instinto de Eros. É preciso manter a chama acesa. Isso significa ter projetos, lutar por suas opiniões e pela inserção nos espaços sociais. Significa manter a curiosidade, exercer a cidadania plena para valer seus direitos e os dos demais. Significa expressar-se livre e criativamente. Ou seja, cabem projetos de ensino de artes plásticas e cênicas, de literatura, de História e de música. Lembro ao leitor que a sétima arte (Cinema) é derivada das Artes Cênicas, das Artes Plásticas (fotografia), sem falar da literatura e da música que já percorreram séculos de mãos dadas com o teatro. 
Preservar a mobilidade implica na realização de atividades físicas pelo menos três vezes por semana. Jogos (cartas, dados, etc) e artesanato (bordado, crochê,...) e palavras cruzadas não são opções para substituir as atividades físicas para os idosos.
Num grupo grande é necessário organizar subgrupos para fortalecer os laços necessários para o convívio. Pois cada pessoa idosa tem sua personalidade, sua história de vida diferente das demais, desta forma, precisa ser acolhida de forma a se sentir confirmada como pessoa. O ideal é que os grupos de convivência incluam conversas em grupos de 5 a 10 pessoas. Conversa em grupo não tem 'chefe' e sim facilitador da interação espontânea e empática. 
Os palestrantes, professores ou oficineiros que atuem nesses grupos devem voltar suas falas PARA A SAÚDE, já que aprendemos nos cursos de graduação de ciências da saúde que indagar sobre moléstias que atingem uma pessoa específica é reservado para o momento de entrevista individual onde o sigilo é devidamente mantido. 
Todos os que se interessarem pelo tema deverão visitar vários grupos de convivência. É necessário fazer anotações e desenvolver estratégias de escrita e outros tipos de registro como forma de se 'lembrar' dos lugares visitados, dos perfis das instituições e dos projetos que oferecem para o público. 

Ler é imprescindível para quem quer se dedicar a grupos de idosos. Cito alguns estudos diretamente ligados ao tema da convivência grupal e do idoso:
BENETTI, Tânia R. B.; MAZO, Giovana Z.; BORGES, Lucélia J.; Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Revista Ciência e & Saúde Coletiva (2012).
DIAS, Aline O.;  SOUZA, Luciana K. - Motivações de Idosos para Participar em Grupos de Convivência: uma revisão de literatura.
SILVA, Maria Izabel. KINOSHITA, Fernando.  A Participação dos Idosos nos Grupos de Convivência Como uma Possibilidade de um Envelhecimento Saudável. EXTENSIO: Revista Eletrônica de Extensão Ano 6 • n. 7 • Julho de 2009 • ISSN 1807-0221 145.

Cito ainda outros estudos ligados à saúde do idoso e que acrescentam também ao tema supra:
MAZO, Giovana Z.; LOPES, Marize A.; BENETTI, Tânia R. B.; Atividade Física e o Idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2009.
MORAES. Edgar Nunes de. Processo de Envelhecimento e bases da avaliação multidimensional do idoso. In: Envelhecimento e saúde da pessoa Idosa. Fiocruz. 2008.
http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_215591311.pdf. 

Tanto as visitas a grupos como as leituras servem para que estudantes façam suas próprias anotações e registrem suas reflexões
O estilo de tecer anotações é peculiar a cada pessoa. Professores costumam indicar roteiros para que visitas sejam anotadas. Um texto de registro comum é o feito em forma de 'reportagem' ou 'diário de bordo'. Nele constarão os fatos observados como foram 'sentidos' e percebidos sob o viés dos filtros dos conhecimentos teóricos e profissionais de quem descreve.
O treino de observação  só vem com muita prática de trabalho com redes sociais. Os paradigmas que regem um projeto só serão identificados por profissionais treinados para tal. 
A escritora desse texto considera-se uma visitante experiente de projetos, pois exerceu durante sete anos o cargo de supervisora de ensino em São Paulo (capital). No exercício do cargo referido internalizou a cultura do 'registro' como aprimoramento dos trabalhos em projetos coletivos em redes educativas/educadoras.
Devido à formação em Psicodrama, a escritora desse texto utiliza a palavra 'jogo' (em seus textos autorais) para referir a técnicas úteis para grupos de convivência e similares. 
A escritora desse texto descreveu vários jogos nos blogs NETIATIVO e Aquecendo a Escrita nas postagens que são fruto de experiências didáticas nos anos 2012, 2013 e 2014. Para ler, procure os textos naqueles blogs cujo título inclua a palavra 'diário' (de classe), 'relato', 'diálogo', 'jogo'. A exemplo do que consta no link:





quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Reflexão crítica sobre a aplicabilidade da avaliação multidimensional da saúde do idoso. Edna Domenica Merola

A presente reflexão trata de uma tarefa acadêmica individual proposta no Curso de Especialização em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa feita pela Prof Karina  S. A. Hammerschmidt. Em acato ao solicitado e para abordar o tema enunciado delineou-se um caminho que percorre as vertentes: ética, política e técnica. Para a última foram tomados itens do texto de Moraes (2008) tais como: conceito e tipos de envelhecimento, diferença entre senescência e senilidade; síndrome da fragilidade, doenças crônico-degenerativas; constatação da necessidade de mecanismos eficazes de avaliação e de descrição das condições de saúde da pessoa idosa para cuidá-la adequadamente. O protocolo de Moraes comparece de forma esquemática para elucidar seu grau de detalhamento diagnóstico.
A reflexão que colocaremos sobre o tema partirá das questões: consideradas as condições reais do atendimento prestado hoje ao idoso brasileiro, para que a avaliação multidimensional? A ação cidadã que se atém às reivindicações das esferas legisladoras seriam abrangentes das esferas política e ética?
Tomaremos os pressupostos colhidos em Andrade para fundamentar a resposta à questão: por que avaliar? Serão colhidos em Martins; Camarano e Camacho o necessário para debater a aplicabilidade do protocolo de Moraes à luz do Estatuto do Idoso.
Para Moraes, o envelhecimento é bem sucedido quando o organismo mantém todas as funções fisiológicas de forma robusta, semelhante à idade adulta. No envelhecimento usual, observa-se uma perda funcional lentamente progressiva, que não provoca incapacidade, mas que traz alguma limitação à pessoa: trata-se de um processo de senescência e não de senilidade.
Problemas de saúde que não são suficientes para comprometer a cognição, o humor, a mobilidade e a comunicação, garantem a independência e a autonomia. Do ponto de vista psíquico, o envelhecimento pode permitir o autoconhecimento e a superação dos conflitos. O envelhecimento do psiquismo ou amadurecimento não é inerente à esfera natural, pois fatores culturais determinam em grande parte a conquista da autonomia e da independência psíquicas.
Os efeitos da passagem do tempo podem ser positivos ou negativos e são observados no organismo (envelhecimento biológico) e no psiquismo (envelhecimento psíquico). O envelhecimento biológico caracteriza-se pela maior vulnerabilidade às agressões do meio interno e externo, e, portanto, maior suscetibilidade nos níveis celular tecidual e de órgãos/aparelhos/ sistemas.
O ser humano atinge o máximo das suas funções orgânicas por volta dos 30 a 40 anos. Entre os 40 e 50 anos há uma estabilização e, a partir daí, um declínio funcional progressivo, com a perda funcional global de 1% ao ano. Portanto, quanto maior a reserva funcional, menor será a repercussão do declínio considerado fisiológico.
Podemos encontrar idosos com alterações fisiológicas mais expressivas, o que caracteriza a síndrome da fragilidade ou frailty. Este tipo de envelhecimento é difícil de ser diferenciado do envelhecimento patológico e deve-se a alterações fisiológicas mais acentuadas, de causa desconhecida ou não diagnosticada. Os principais fatores de risco para a síndrome de fragilidade são hereditariedade, sexo feminino, baixo nível socioeconômico, má nutrição, sedentarismo, senescência, sarcopenia (perda muscular), anorexia e, obviamente, a presença de múltiplas comorbidades ou doenças incapacitantes.
A hereditariedade, os hábitos de vida e as doenças são os principais determinantes das alterações moleculares causadoras da desregulação dos sistemas homeostáticos, capazes de comprometer o funcionamento harmonioso do organismo, gerando perda da autonomia e independência, hospitalização, institucionalização e óbito.
Doenças que se relacionam com a idade e que se associam com mais frequência ao envelhecimento são chamadas doenças crônico-degenerativas, que podem ser agrupadas em neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson), cardiodegenerativas (doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral), osteodegenerativas (osteoporose, osteoartrose), entre outras.
Há doenças que dependem da idade, aumentando sua incidência de forma exponencial à medida que a idade aumenta: polimialgia reumática, artrite temporal, entre outras.
A passagem do tempo expõe o indivíduo a uma série de injúrias, cujas consequências são percebidas na velhice, após décadas de exposição. As injúrias ambientais (hábitos de vida) interagem continuamente com a “bagagem genética” e as consequências biológicas são extremamente variáveis de indivíduo a indivíduo.
Bem-estar físico, psíquico e social corresponde à definição de saúde dada pela Organização Mundial de Saúde. Bem-estar e funcionalidade são equivalentes, implicando em: autonomia e independência. Autonomia significa capacidade de decisão e comando sobre as ações individuais, estabelecendo e seguindo as próprias regras. Independência é a capacidade de realizar algo com os próprios meios. Funcionalidade é o produto da preservação da cognição, do humor, da mobilidade e da comunicação.
Sobre a questão suscitada inicialmente em relação ao porque da necessidade da avaliação multidimensional, tomamos para corroborar Moraes a explicação dada por Andrade (2013) sobre a singularidade do processo de envelhecimento individual. Os idosos diferem de acordo com a sua história de vida, o seu grau de independência funcional e a demanda por serviços mais ou menos específicos. Como um conjunto de fatores biológicos, físicos, psicológicos e sociais, o envelhecimento, nem sempre atua de maneira concorrente em todos os indivíduos, podendo até mesmo descaracterizar um indivíduo de 70 anos como velho, ou até mesmo caracterizar outro aos 50 anos como tal. Desse modo, o envelhecimento é antes um estado próprio do ser humano idoso, que apresenta especificidades socioeconômicas, culturais, ambientais, individuais e/ou coletivas segundo épocas e lugares e apresenta-se em cada ser humano de modo singular e único.
O protocolo de avaliação multidimensional de Moraes consiste de inúmeros itens. Inicia pela identificação, e prossegue com a aferição da queixa principal detalhada; revisão dos sistemas fisiológicos principais: geral, pele e anexos, aparelho cardiovascular, aparelho respiratório, órgãos dos sentidos, aparelho geniturinário, sistema musculoesquelético, aparelho digestivo, avaliação da saúde bucal, sistema nervoso, exame neurológico, avaliação da funcionalidade global: atividades básicas da vida diária, mobilidade (avaliação quantitativa e qualitativa da marcha e do equilíbrio).
O protocolo inclui ainda teste de cognição (mini Mental), Memória (lista de palavras do CERAD); frontal Assessment Battery (FAB), Teste do Relógio, Teste de reconhecimento de figuras (percepção visual, nomeação, memória imediata, evocação, reconhecimento), fluência verbal, índice de Pfeffer (atividades da vida diária), humor, Clinical Dementia Rating – CDR – (memória, orientação, julgamento e resolução de problemas, AVDis ou assuntos comunitários, AVDis domiciliares (tarefas domésticas e passatempo), AVDs básicas, formulário de miniavaliação nutricional, história pessoal e pregressa, diagnósticos anteriores relatados (cardiovasculares, doenças respiratórias, doenças endócrino-metabólicas, doenças neuropsiquiátricas), história familiar positiva de doenças: cardiovascular prematura, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo II, doença tireoidiana, câncer (cólon, mama e próstata), osteoporose/fratura de fragilidade, depressão, demência.
O protocolo de Moraes inclui também a avaliação sócio-familiar, o risco psicossocial na esfera familiar, a área profissional, a área social/atividades/interesses e a autoavaliação da saúde.
O protocolo abrange ainda a avaliação do cuidador, a avaliação ambiental. Propõe exames complementares para o rastreamento de câncer, doenças endócrino-metabólicas, função renal, radiologia/outros, densiometria óssea, hemograma. Propõe o cálculo das estimativas gerais do Risco de Framingham, assim como o estabelecimento dos diagnósticos principais e do diagnóstico funcional.
O protocolo de Moraes traça um Plano de Cuidados, ou seja, estabelece estratégias de promoção de saúde e de prevenção de doenças, tratamento e reabilitação. Finaliza com o registro de observações finais.
Ao pensar na aplicabilidade do modelo preconizado por Moraes como rotina em projetos públicos, deve-se pensar em metas hierarquizadas em longo prazo (planos decenais), médio (planos quinquenais), e curto prazo (planos bienais).
Camarano (2013) sugere que o limite inferior da idade apontado no estatuto do Idoso passe de 60 para 65 anos. A autora indica ainda que sejam estabelecidas fontes de financiamento para cada medida proposta no Estatuto do Idoso. Quanto às dotações orçamentárias, se houver uma consulta pública essa proposta terá plena anuência da população idosa. No entanto, em relação à mudança do limite inferior parece não ser importante para a melhoria do quadro nacional por desviar a atenção e os esforços cidadãos para a instância legisladora, quando há premência de que os olhares se dirijam para as instâncias executoras.
Martins e outros (2007) ressaltam a importância da capacitação dos profissionais da saúde para o cuidado gerontogeriátrico seguro, ético e eficaz, conforme aponta o art. 18 do Estatuto do Idoso. A capacitação dos profissionais da saúde – ainda incipiente – é de suma importância.
O protocolo de Moraes é aplicável desde que realizado por equipe multidisciplinar capacitada para realizar seus diagnósticos detalhados e concretizar – em tempo hábil e com qualidade – o plano de cuidados deles decorrente.
Em 7,7% dos estudos considerados relevantes por Camacho (2008) ressaltou-se a importância da ampliação de estratégias que tenham o cuidador como sujeito principal, cabendo ao profissional de saúde e às políticas públicas valorizarem a rede de suporte ao idoso dependente. O cuidador do idoso é importante para a sequência do cuidado no domicílio. Existe a necessidade de programas voltados para tentar garantir que a atividade do cuidado seja efetiva e investida através de práticas adequadas, trazendo benefícios para quem cuida e quem recebe esse cuidado.
Segundo Ritt (2008), em meados do século XXI, teremos a inversão da pirâmide social no que diz respeito à idade. Haverá mais idosos do que jovens habitando nosso país. Desta feita, “tratar, proteger o idoso contra a violência doméstica e familiar está ligado diretamente ao interesse público [...]: o de implementar as políticas públicas” (prioritariamente via Conselhos Municipais) e que incluam programas voltados para a repressão da violência doméstica e familiar. A repressão ‘da letra da lei é um mecanismo social necessário, mas que se mostra ineficaz, na prática. Há necessidade de  mudar paradigmas para que comportamentos positivos sejam incorporados aos padrões relacionais intergeracionais. Desta feita, usar testes para avaliar se a pessoa idosa é agressiva ou acha-se deprimida deve ser concomitante à análise e interferência nas relações sócio-culturais em geral e familiares, em particular.
Maltempi (2006) relata a prática de formar grupos intergeracionais de convivência para utilizar as diferenças em favor dos membros do grupo e de toda a sociedade. Tem por meta a transformação da realidade à sua volta, a partir da percepção dos significados do contexto ambiental, de modo a re-significá-lo. Ressalta que a adesão de uma causa social por jovens propicia o resgate de valores, tais como a solidariedade, a utilidade, a igualdade e a compreensão de seu espaços e metas de vida.
Em consonância com Camarano (2013), ressalta-se a importância da definição de prioridades orçamentárias para a saúde do idoso. Principalmente, relativas a setores a que o cidadão idoso tem acesso e nos quais poderia ocorrer a avaliação multidimensional e outras formas de pesquisa/ação em relação a sua saúde.
Seja qual for o limite inferior de idade a determinar legalmente o trato do cidadão enquanto idoso, aponta-se ainda a necessidade de priorizar o destino de verbas para pesquisa científica sobre cuidados preventivos de saúde dos pré-idosos. E ainda de fazer chegar esses saberes à orientação dos hábitos dos pré-idosos e idosos (quer por via de seus cuidadores que os monitorem quer por si mesmos, se autônomos).
Sugerimos a pesquisa/ação preventiva como forma de avaliar multidimensionalmente a saúde da pessoa idosa, incluindo a figura do educador nas equipes multiprofissionais de ações pró saúde, ampliando o módulo de profissionais existentes. A formação acadêmica mínima exigida para esses educadores deveria ser licenciatura em Pedagogia, Ciências, Educação Física como forma de reforçar as equipes multiprofissionais em ações cidadãs e pró-cuidado à saúde da pessoa idosa.

REFERÊNCIAS
CAMARANO, Ana Amélia. Estatuto do Idoso: avanços com contradições. TD1840. IPEA. Rio de Janeiro: 2013.
ANDRADE L. M.; SENA, E. L. da S.; PINHEIRO, G. M. L.; MEIRA, E. C.;
LIRA, L. S. S. P. Ciência e saúde coletiva vol.18 no. 12 Rio de Janeiro Dec. 2013
CHIER, Jordelina. NETIATIVAS entrevistam a coordenadora do N.E.T.I.
CAMACHO, A. C. L. F., COELHO, M. J. Políticas públicas para a saúde do idoso: revisão sistemática. Revista Brasileira de Enfermagem REBEN. 2010.

MALTEMPI, Maria Ângela Cabanilha de Souza. COEDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA INTERGERACIONAL. ETIC - Encontro de iniciação científica - ISSN 21-76-8498, Vol. 2, No. 2 (2006).

MARTINS, J.J.; SCHIER, J.; ERDMANN,A.L.; Albuquerque, G.L. Políticas públicas de atenção à saúde do idoso: reflexão acerca da capacitação dos profissionais da saúde para o cuidado com o idoso. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v.10 n.3 Rio de Janeiro. 2007.
MORAES. Edgar Nunes de. Processo de Envelhecimento e bases da avaliação multidimensional do idoso. In: Envelhecimento e saúde da pessoa Idosa. Fiocruz. 2008. http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_215591311.pdf.
RITT, Caroline e RITT, Eduardo. O Estatuto do Idoso – Aspectos Criminológicos e Penais. Florianópolis: Livraria do Advogado. 2008.
http://redeidosos.blogspot.com.br/2014/08/resumo-do-livro-o-estatuto-do-idoso.html

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Programas de convivência de idosos. Edna Domenica Merola

"É o cuidado que confere força para buscar a paz no meio dos conflitos de toda ordem. Sem o cuidado que resgata a dignidade da humanidade condenada à exclusão, não se inaugurará um novo paradigma de convivência."
                                                                                                                                    Leonardo Boff


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO TEÓRICA AO OBSERVADO NA PRÁTICA

Tomando por parâmetro definições dadas pelos dicionários: 
Dicionário Babylon on line. 
BIROU, Alain. Dicionário de Ciências Sociais.
SILVA, S. (2002). Dicinário de Sociologia, Porto: Porto Editora. 

Como classifica os Grupos de Convivência para idosos de que tem conhecimento?
(Assinalar quantos achar oportunos):
( ) Grupo Primário: espontâneo, definido mais por motivações afetivas do que por objetivos utilitários. A aderência se dá por afinidade de interesses.
( ) Grupo de Contato direto: as pessoas reúnem-se por motivos de simpatia e para manterem entre si relações imediatas e contatos recíprocos.
(  ) Grupo de referência: serve como modelo ou referência para o indivíduo
( ) Grupo de pertença: condiciona as atitudes, os comportamentos e os valores do indivíduo.
(  ) Grupo de pressão: o mesmo que lóbi.
(  ) Grupo Étnico: pessoas que se identificam.
( ) Grupo de tarefa: formado por pessoas que se reúnem para executar uma determinada tarefa.


Acesse o link: http://redeidosos.blogspot.com.br/2014/10/programas-de-convivencia-de-idosos-e.html